Sat. May 4th, 2024


Os grandes clássicos que marcaram a história do cinema brasileiro são verdadeiras obras-primas que foram capazes de eternizar momentos marcantes da cultura e da sociedade do país. Desde a era de ouro do cinema nacional, nos anos 60 e 70, até os dias atuais, o Brasil produziu uma variedade de filmes que se destacaram pela qualidade técnica, originalidade e impacto emocional.

Um dos primeiros clássicos do cinema brasileiro é o filme “Orfeu Negro”, dirigido por Marcel Camus em 1959. Baseado na peça de teatro “Orfeu da Conceição” de Vinicius de Moraes, o filme contava a história de amor trágico entre Orfeu, um músico famoso, e Eurydice, uma bela camponesa. Com sua trilha sonora marcante e sua abordagem moderna do mito grego de Orfeu, o filme conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e se tornou um marco do cinema nacional.

Outro clássico incontestável do cinema brasileiro é “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte em 1962. Baseado na peça de teatro homônima de Dias Gomes, o filme conta a história de Zé do Burro, um homem simples do interior que faz uma promessa à Santa Bárbara e enfrenta a oposição da Igreja e do Estado para cumpri-la. Com sua abordagem política e social, o filme foi aclamado pela crítica internacional e venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Na década de 60, o cinema novo surge como um movimento revolucionário que buscava uma linguagem cinematográfica autoral e engajada. Um dos filmes mais emblemáticos desse período é “Terra em Transe”, dirigido por Glauber Rocha em 1967. Com sua narrativa complexa e sua crítica contundente à política e à sociedade brasileira, o filme se tornou um marco do cinema novo e influenciou gerações de cineastas.

Nos anos 70, o cinema brasileiro viveu sua era de ouro com filmes como “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976), dirigido por Bruno Barreto. Baseado no livro homônimo de Jorge Amado, o filme conta a história de Dona Flor, uma viúva que se casa com um homem pacato e fiel, mas continua a sentir saudades do seu ex-marido mulherengo. Com sua abordagem irreverente e sua atmosfera sensual, o filme se tornou um sucesso de público e crítica, consolidando Barreto como um dos grandes diretores do cinema nacional.

Na década de 80, o cinema brasileiro passou por um período de crise, com a censura e a falta de financiamento dificultando a produção de novos filmes. No entanto, alguns clássicos continuaram a ser produzidos, como é o caso de “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1981), dirigido por Hector Babenco. Baseado em fatos reais, o filme retrata a vida de Pixote, um menino de rua que se envolve com o crime e a violência para sobreviver. Com sua abordagem realista e sua denúncia social, o filme se tornou um retrato contundente da marginalização e da desigualdade no Brasil.

Na década de 90, o cinema brasileiro viveu uma retomada com filmes como “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil” (1995), dirigido por Carla Camurati. Com sua abordagem satírica e sua reconstituição histórica, o filme narra a vida da infame princesa Carlota Joaquina, que se casou com D. João VI e causou polêmica na corte portuguesa. Com seu elenco estelar e sua produção luxuosa, o filme se tornou um sucesso de bilheteria e ajudou a consolidar a retomada do cinema nacional.

Nos anos 2000, o cinema brasileiro passou por uma nova fase de renovação, com uma geração de jovens diretores trazendo novas perspectivas e linguagens para as telas. Filmes como “Cidade de Deus” (2002), dirigido por Fernando Meirelles, e “Central do Brasil” (1998), dirigido por Walter Salles, se tornaram sucessos de crítica e público, conquistando prêmios internacionais e colocando o cinema brasileiro no mapa mundial.

Atualmente, o cinema brasileiro continua a produzir grandes clássicos que refletem a diversidade e a riqueza cultural do país. Filmes como “Que Horas Ela Volta?” (2015), dirigido por Anna Muylaert, e “Bacurau” (2019), dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, são exemplos recentes de obras-primas que têm conquistado público e crítica, marcando presença em festivais de cinema ao redor do mundo.

Os grandes clássicos que marcaram a história do cinema brasileiro são verdadeiros tesouros culturais que merecem ser celebrados e preservados. Com sua diversidade de temas, estilos e abordagens, esses filmes nos transportam para diferentes momentos da história do país e nos fazem refletir sobre questões universais como o amor, a política, a justiça e a desigualdade. Que essas obras-primas continuem a inspirar e emocionar as novas gerações de espectadores, mantendo viva a chama do cinema brasileiro em todo o mundo.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.