A viúva de MF Doom, Jasmine Dumile, levantou preocupações sobre os cuidados hospitalares de seu falecido marido em um inquérito sobre sua morte no Wakefield Coroner’s Court, informou o jornal local LeedsLive. Doom, que nasceu Dumile Daniel Thompson no Reino Unido e voltou para a Inglaterra com sua família em 2010, morreu em Leeds em outubro de 2020 após uma reação grave a um medicamento para pressão arterial. Ele foi diagnosticado com angioedema, uma forma rara e repentina de inchaço que inibia sua respiração. Os médicos o mantiveram em um respirador até sua morte, aos 49 anos, em 31 de outubro.
Antes de sua morte, MF Doom parecia em forma e bem, mas tinha uma série de problemas de saúde, incluindo doença renal, disse Jasmine Dumile ao inquérito. Após duas doses de um novo medicamento para pressão arterial, ele foi ao pronto-socorro com problemas respiratórios e inchaço na garganta e na língua. Ele ficou no que Jasmine Dumile retratou como um quarto de hospital abaixo do padrão com uma cama e uma velha mesa de metal. “Não quero dizer que era um depósito antigo”, disse ela ao inquérito, mas “não foi montado”. Médicos no tribunal disseram que era uma das várias salas ligadas ao departamento de emergência. Doom morreu durante a segunda onda de mortes por COVID-19 no Reino Unido, embora não esteja claro se a escassez de leitos afetou seu tratamento.
Durante sua estada, a saúde de Doom deteriorou-se repentinamente, segundo o inquérito. Em 21 de outubro, lutando para respirar, ele tentou sair do carrinho do hospital, desmaiou e teve parada respiratória. Os representantes legais de Jasmine Dumile questionaram a frequência dos exames de saúde e, em um caso, um atraso de duas horas na administração de medicamentos para o inchaço da garganta. Durante outra crise repentina, sua campainha de ajuda foi colocada fora de alcance, ouviu o inquérito. Jasmine Dumile disse que, a certa altura, recebeu um pedido de socorro do marido e teve que ligar para o hospital para informar as enfermeiras. Devido às restrições da pandemia, ela foi impedida de fazer visitas pessoais até que a equipe desligasse o respirador no dia de sua morte.
A confiança do hospital disse que realizou uma “investigação de incidente grave” após a morte de MF Doom e, posteriormente, recomendou atualizações para o gerenciamento do hospital de pacientes com angioedema. O inquérito está em andamento.