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Agora que as notícias sobre as mudanças climáticas não são mais novas, o papel do eco-desempenho é menos de conscientização e mais de triagem emocional e psicológica para a humanidade, para que possamos ser fortes para o processo de reparação que está por vir.
Eco-justiça multiespécies nas Américas: Um Samba em Três Partes
Uma de minhas especializações como organizadora cultural – além das artes cênicas, ecologia e mudanças climáticas – tem sido a mobilidade artística entre a América Latina, o Caribe e os Estados Unidos da América, com uma perspectiva crítica e plural sobre questões culturais, linguísticas e transnacionais. intercâmbio biológico nas Américas. Desde 1995, vivo fisicamente, psicologicamente, politicamente e culturalmente na Flórida e no Brasil, explorando cultura e ecologia. É por causa de minha profunda confiança no pensamento, povo, terra e energia brasileiros que abro espaço aqui para vozes brasileiras que podem falar de lugares essenciais de resistência decolonial, eco-reconexão, pluralidade e indigeneidade tradicional e futurista.
Para situar a escrita sobre ecodesempenho no Brasil, pode ser útil lembrar aos leitores que o Brasil é geograficamente maior que os Estados Unidos continentais. Possui dentro de seus limites grande parte da maior floresta tropical do planeta e, sem dúvida, o maior reservatório de biodiversidade planetária. Em termos de prática performática, quem sente que é um bom momento para aplicar os princípios do Teatro do Oprimido ao seu trabalho artístico ou de organização tem uma dívida de gratidão com o Brasil. Augusto Boal desenvolveu este trabalho no Brasil e com colaboradores, participantes e públicos brasileiros. Foram necessárias as condições sociais específicas do Brasil para que o trabalho de Boal fosse potente, significativo e relevante para nossas necessidades atuais. Um dos pedagogos mais importantes do século XX, Paulo Freire, é brasileiro e é considerado um dos padrinhos dos atuais movimentos de justiça social. Líderes indígenas como Ailton Krenak, a ecofeminista Ivone Gebara, o geógrafo radical Milton Santos e as filósofas, artistas e estrategistas culturais Djamila Ribeiro e Márcia Tiburi são apenas alguns exemplos de pensadores brasileiros que avançam no que Boaventura de Sousa Santos chama de “justiça contra o epistemicídio”. .” Seus modelos culturais devem ser levados a sério se presumirmos usar as artes e a cultura para a justiça climática futura.
Há uma longa história de atuação e ativismo ambiental que é parte integrante da identidade brasileira. Em um país que levou as artes carnavalescas a níveis épicos e sofreu uma repressão brutal de sua classe artística sob uma ditadura militar bastante recente, o teatro de rua e os desfiles de protesto não são atividades ociosas com impactos inconsequentes. Muitas apresentações no Brasil relacionadas às preocupações de sustentabilidade ecológica e degradação industrial das terras brasileiras antecederam a conferência Rio+20 de 2012, onde a soberania indígena da Amazônia e as proteções contra mineração e exploração de recursos naturais foram reconhecidas em um fórum global. Igualmente importante é o quão proeminentes ativistas e líderes culturais brasileiros têm sido no movimento internacional de justiça ambiental (Chico Mendes, alguém?) .
Eu faço um brinde a cada artista mascarado, encapuzado, empunhando poemas, com saltos de samba, quadril tremendo, falso e encharcado de sangue real naquelas ruas. Eu saúdo sua falta de educação, sua coragem, seu judô metafórico, sua nudez, sua longa caminhada no sol quente, sua honestidade e sua disposição de ser preso ou pior. No ano de 2021 – quando a taxa de assassinato de ativistas ambientais (a maioria dos quais se identifica como indígena) explodiu em lugares como Brasil, Sudeste Asiático e em todo o continente africano – o protesto não foi apenas engraçado e grosseiro, mas mortal e sério.
As três vozes que convidei do Brasil para refletir sobre ecoperformance em tempos de emergência climática são Martin Domecq, Osanijé (Fernanda Julia) e Adilson Siqueira. Esta série homenageia o trabalho desses três profissionais, educadores e escritores de eco-performance que estão criando experiências e discursos compartilhados que estão mudando a conversa sobre justiça climática, organização cultural antirracista, eco-performance e o papel da cultura na mudança radical em todo o mundo. essas Américas.
Há uma longa história de atuação e ativismo ambiental que é parte integrante da identidade brasileira.
O educador, diretor de teatro e dramaturgo Martin Domecq produziu obras no que ele chama de interzonas – ou espaços que conectam e energizam ambientes com eco-performance – em comunidades em todo o estado da Bahia. Em seu ensaio, ele destaca o trabalho de artistas indígenas e não indígenas de todo o Brasil que estão criando obras nesses espaços. As obras que ele compartilha falam de realidades históricas no Brasil, incluindo conceitos de urbanidade e descolonização regenerativa. Como educador em uma das principais universidades do nordeste brasileiro, seu foco é criar pontos de acesso para estudantes entre performance e ecologia.
Conheci Osanijé em 2014 depois de ver seu trabalho Exu: A Boco do Universo (Exu: Boca do Universo) no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador, Bahia. Foi uma performance irreverente que misturou o sagrado, o profano, a cultura pop e o escândalo político para defender a cura cósmica através do respeito ao conhecimento ancestral da natureza e dos sistemas naturais. Realizada ao ar livre na rodada, a obra desafiou o público com uma aplicação dinâmica e artística dos valores e da energia do Candomblé. O elenco e o diretor habilmente despojaram qualquer possibilidade de folclore romântico ou infantilizado sem diluir ou desrespeitar a autoridade sagrada de onde se extrai. Naquela noite, me tornei fã instantâneo da companhia de Osanijé, Teatro Preto do Candomblé, e espero que você goste de ler sobre sua experiência e abordagens para a eco-reconexão através do trabalho de sua companhia.
Adilson Siqueira é um pesquisador, artista e organizador que tem sido fundamental na geração e divulgação de atividades ecopoéticas, protestos, projetos acadêmicos e sit-ins em Minas Gerais antes que outros do meio acadêmico no Brasil fizessem a conexão entre as artes e justiça ambiental. Para esta série, Adilson organizou uma conversa com seus colaboradores sobre os conceitos e a prática de engajamento comunitário do “Corpo Quebrada” ou “Corpo Dobrado” no que se refere ao engajamento comunitário e ecopoética em comunidades com poucos recursos em Minas Gerais. Acompanhe sua jornada nas “comunidades periféricas” ou favelas de Minas Gerais, onde eles redefinem a encarnação para uma nova era de encontros artísticos comunitários. Estamos apresentando o texto resumido da conversa em português e inglês, e quem quiser ouvir a conversa completa em português pode fazê-lo no meu site.
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