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A década de 1960 foi uma época de muitas mudanças em todo o mundo, e a América Latina não foi exceção. Naquela época, o cenário da música popular na região estava passando por uma revolução, com artistas experimentando novos estilos e abordando assuntos políticos e sociais em suas letras. Esta revolução musical teve um impacto duradouro e é considerada uma parte importante da evolução da música latino-americana moderna.

Antes da década de 60, a música popular na América Latina era dominada por gêneros como bolero, tango e ranchera, que geralmente eram cantados por vozes masculinas e acompanhados por orquestras. Essas músicas eram geralmente consideradas apropriadas para danças românticas e para entreter os frequentadores de clubes e bares.

Porém, a partir da década de 60, muitos artistas começaram a experimentar novos sons e estilos, incorporando elementos de rock, jazz e blues em suas músicas. Essa mudança foi influenciada em parte pelo movimento chamado “Nueva Canción” (Nova Canção), que surgiu na década de 60 em países como Chile, Argentina e Uruguai. A “Nueva Canción” era uma forma de música politicamente engajada que falava sobre os problemas sociais e políticos da América Latina. Seus principais representantes incluíam artistas como Victor Jara, Mercedes Sosa, Violeta Parra e Atahualpa Yupanqui.

Além da “Nueva Canción”, outros movimentos musicais surgiram na década de 60, como a “Tropicália” no Brasil, o “Rock en español” e o “Nueva Ola” no México. A Tropicália, liderada por artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, misturava elementos da música tradicional brasileira com rock, psicodelia e música pop estrangeira. O rock em espanhol surgiu em países como Argentina, Espanha e México, com bandas como Los Saicos, Los Bravos e Los Shakers. Já o Nueva Ola era um movimento musical no México, que incluía bandas de rock e pop como Los Teen Tops e Los Locos del Ritmo.

Outro aspecto importante dessa revolução musical foi a ascensão de muitas artistas femininas, que anteriormente eram consideradas secundárias na cena musical. Cantoras como Chavela Vargas, Elis Regina, Gal Costa e Cecilia Pantoja tornaram-se vozes importantes da música latino-americana, expressando suas opiniões politicas e sociais em suas letras e abrindo portas para outras artistas femininas.

O impacto dessa revolução musical na América Latina foi enorme. Além de influenciar artistas em todo o mundo, a música latino-americana tornou-se um meio de expressão importante para as lutas sociais e políticas da região. A música tornou-se um veículo para falar sobre a desigualdade, a opressão e a luta pela liberdade. As músicas refletiam a realidade dos latino-americanos e a necessidade de mudanças sociais e políticas.

Hoje, a música popular na América Latina continua a evoluir e se desenvolver, mas a revolução dos anos 60 teve um impacto fundamental na música da região. A música tornou-se uma forma de resistência, luta e expressão da identidade latino-americana, abrindo portas para o reconhecimento e valorização da cultura local e regional.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.