Sun. May 19th, 2024
music


As escolas de samba são uma das maiores atrações do Carnaval brasileiro. Com seus enredos criativos, fantasias luxuosas e sambas-enredo empolgantes, essas agremiações arrastam multidões pelas ruas das cidades durante os dias de festa. Neste artigo, vamos contar a história das escolas de samba no Carnaval, desde seus primórdios até os dias atuais.

Os primeiros blocos de Carnaval surgiram no Rio de Janeiro no início do século XX. Eram grupos de amigos que se reuniam para sair pelas ruas tocando músicas com instrumentos simples, como pandeiros, chocalhos e tamborins. Esses blocos eram chamados de “cordões” e tinham um visual despojado, com fantasias feitas de papel crepom e jornal.

Com o tempo, os cordões deram lugar aos “ranhosos”, grupos compostos por negros e pobres que desfilavam com fantasias mais elaboradas. Esses grupos também eram conhecidos como “cordões de puxadores” ou “grupos de dança”, pois dançavam enquanto cantavam os sambas.

O grande impulso para a criação das escolas de samba foi dado em 1928, com a realização do primeiro desfile organizado no Rio de Janeiro. A iniciativa partiu de um jornalista chamado Mário Filho, que sonhava em transformar o Carnaval em algo grandioso e organizado. Ele criou a “Deixa Falar”, que foi a primeira escola de samba do Brasil.

A Deixa Falar reuniu sambistas de diferentes bairros cariocas e contou com a participação de figuras importantes do mundo do samba, como Ismael Silva e Bide. A escola chamou a atenção pela originalidade de seu enredo (uma crítica ao carnaval de Veneza) e pelo fato de ter uma bateria composta apenas por instrumentos de percussão.

A partir daí, outras escolas de samba foram surgindo no Rio de Janeiro. Em 1932, foi criada a “Estácio de Sá”, que se tornou uma das mais tradicionais agremiações do Carnaval carioca. A Estácio de Sá inovou ao ser a primeira escola a ter um mestre-sala e uma porta-bandeira, casal que representa a escola durante o desfile.

A expansão das escolas de samba pelo Brasil se deu a partir dos anos 1940, quando o Carnaval se consolidou como a grande festa popular do país. As escolas passaram a ter papel importante na cultura brasileira, preservando tradições e valorizando a música e a dança.

Uma das características mais marcantes das escolas de samba é o samba-enredo, música que é composta especialmente para cada Carnaval e que conta a história que a escola vai apresentar na avenida. O samba-enredo é acompanhado pela bateria da escola, que é composta por dezenas de percussionistas e é responsável pelo ritmo e pela energia da apresentação.

Ao longo dos anos, as escolas de samba do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras passaram por diversas transformações. Elas se profissionalizaram, tornando-se verdadeiras empresas que movimentam milhões de reais durante o Carnaval. As fantasias e carros alegóricos tornaram-se mais sofisticados, e os desfiles começaram a ser transmitidos pela televisão, ampliando sua visibilidade.

Mas, apesar de todas as mudanças, as escolas de samba continuam sendo um importante símbolo da cultura brasileira. Elas representam a alegria e a criatividade do povo, e levam para a avenida enredos que retratam a história, a natureza, a política e outros temas relevantes para a sociedade.

As escolas de samba enfrentam desafios, como a falta de recursos financeiros e a dificuldade em formar baterias cada vez mais profissionais. Além disso, a pandemia de Covid-19 afetou diretamente o Carnaval de 2021, que foi cancelado em diversas cidades do país. Mas é certo que, tão logo a situação se normalize, as escolas de samba voltarão a brilhar no Carnaval e a emocionar milhares de pessoas com seus desfiles grandiosos e espetaculares.

Em resumo, a história das escolas de samba no Carnaval é uma história de resistência, criatividade e amor pelo samba e pela cultura brasileira. Essas agremiações são um patrimônio nacional e devem ser valorizadas e apoiadas para que possam continuar a encantar o público durante os próximos anos.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.