Sat. May 18th, 2024
dance music


A música eletrônica no Brasil teve uma evolução impressionante ao longo das décadas, passando por diversas fases e influências que moldaram o cenário musical do país. Desde os primórdios da bossa nova até o surgimento do funk carioca, a música eletrônica no Brasil experimentou uma constante evolução que reflete a diversidade cultural e a criatividade dos artistas brasileiros.

A bossa nova, surgida no final da década de 1950, foi um marco na música popular brasileira. Com sua fusão de samba e jazz, a bossa nova trouxe uma estética musical completamente nova, marcada pela suavidade e pela complexidade harmônica. No entanto, a influência da bossa nova na música eletrônica brasileira não foi imediata. Foi apenas nas décadas de 1970 e 1980 que a música eletrônica começou a se firmar no cenário musical do país, com a chegada da música disco e da música eletrônica de origem europeia e norte-americana.

A chegada da música disco ao Brasil trouxe consigo uma série de inovações sonoras e tecnológicas que influenciaram diretamente a música eletrônica brasileira. DJ’s e produtores começaram a experimentar novas sonoridades, misturando elementos da música disco com ritmos brasileiros, dando origem a um movimento musical conhecido como “música popular eletrônica”. Nesse contexto, surgiram artistas como Gerson King Combo, Tim Maia, e até mesmo Rita Lee, que incorporaram elementos eletrônicos em suas produções musicais, contribuindo para a evolução da música eletrônica no Brasil.

Na década de 1990, a música eletrônica no Brasil passou por uma verdadeira revolução. O surgimento de novos estilos musicais, como o trance, o techno e o drum and bass, fez com que a música eletrônica brasileira alcançasse um patamar de relevância internacional. Grandes festivais de música eletrônica, como o Love Parade e o Creamfields, ganharam versões brasileiras e atraíram um público cada vez maior, consolidando o país como um importante polo da música eletrônica mundial.

No entanto, foi na virada do milênio que a música eletrônica brasileira encontrou sua identidade própria, com o surgimento do funk carioca. Originado nas favelas do Rio de Janeiro, o funk carioca é um estilo musical marcado por batidas aceleradas e letras provocativas, que abordam temas como o cotidiano nas comunidades, a violência urbana e a sexualidade. Com suas bases eletrônicas e influências do hip-hop, o funk carioca conquistou um lugar de destaque na cena musical do Brasil, tornando-se um fenômeno cultural que ultrapassou as fronteiras nacionais.

Ao longo dos anos, a música eletrônica no Brasil continuou a se reinventar, absorvendo novas influências e se adaptando às transformações sociais e tecnológicas. O surgimento de novas tendências musicais, como o EDM, o trap e o future bass, trouxe uma nova riqueza sonora ao cenário da música eletrônica brasileira, demonstrando mais uma vez a capacidade de inovação e adaptabilidade dos artistas do país.

Hoje, a música eletrônica no Brasil é um dos principais expoentes da cultura brasileira no cenário internacional, atraindo milhares de fãs e artistas de todo o mundo. Festivais como o Tomorrowland Brasil, o Universo Paralello e o XXXperience se tornaram referências mundiais, consolidando o país como um dos destinos mais cobiçados para os amantes da música eletrônica.

Em suma, a evolução da música eletrônica no Brasil, desde a bossa nova até o funk carioca, é um reflexo da riqueza cultural e da diversidade musical do país. Ao longo das décadas, a música eletrônica brasileira soube absorver e transformar influências externas, criando uma identidade própria que a tornou uma das mais vibrantes e inovadoras do mundo. Estamos ansiosos para ver o que o futuro reserva para a música eletrônica brasileira e como ela continuará a evoluir e se reinventar nos próximos anos.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.