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Então, novamente, o ator que o interpreta é Sergei Polunin, então você pode ver o fascínio. A estrela do balé ucraniano bad boy, tão famoso por seu talento único em uma geração quanto por sua veia rebelde, é um espetáculo esculpido de se ver. Seu personagem, Alexandre, é um funcionário bem vestido da embaixada russa em Paris. (O que ele faz lá é intencionalmente vago, levando Helene a acusá-lo de espionagem. Se ao menos.) Ele é muito mais jovem e—oh, sim—ele tem uma esposa em Moscou. Ele não poderia ser mais diferente de Helene, professora universitária e intelectual que gosta de poesia e cinema. “Ele ama a porcaria de Hollywood e Putin!” ela lamenta com sua melhor amiga ao telefone. (E Polunin, devemos notar, está no processo de remover todas as suas tatuagens, incluindo a imagem gigante do rosto de Vladimir Putin estampada em seu peito.)
Alexandre também é frio e distante a ponto de ser evasivo. Quanto mais Helene deseja conhecê-lo, mais incognoscível ele se torna, o que só faz com que ela o queira mais. A jovem Dosch toca cada nota da ampla gama de sentimentos de sua personagem – vertigem, ansiedade, êxtase, desespero – com precisão detalhada, e Arbid nos deixa absorver tudo com tomadas longas. Mesmo quando “Simple Passion” se torna repetitivo, e o sexo se torna superficial, e as conversas entre esses dois se tornam ainda mais fúteis (novamente, tudo isso é o ponto de Arbid), o desempenho físico e emocional bruto de Dosch nos atrai e nos mantém viciados. Enquanto ela perambula pelos corredores da mercearia com um olhar distante em seus olhos azul-claros, fica claro que ela está sonhando acordada com Alexandre – quando ela se lembra de ir à mercearia, é claro. Cada vez mais, Helene se distancia das responsabilidades de sua vida diária, incluindo cozinhar para seu filho adolescente mal-humorado, Paul (Lou Teymour-Thion). Em um momento vulnerável na mesa de jantar, ela diz ao filho único: “Eu te amo, querida. Você é minha vida.” Ele dá de ombros, uma resposta que – para este espectador, pelo menos – corta mais fundo do que qualquer uma das traições impensadas de Alexandre.
Enquanto o trabalho de Dosch está em constante mudança, mas sempre acessível, Polunin nunca chega perto de igualar sua habilidade de atuação, o que acaba deixando “Simple Passion” faltando. Ele não dança aqui, como fez em filmes anteriores, incluindo “Red Sparrow” e o documentário dedicado à sua vida, “Dancer”, mas esse ainda continua sendo o meio pelo qual ele se conecta mais poderosamente com seu público. Aqui, o romance é tão desprovido de qualquer química além de uma atração puramente carnal, ficamos imaginando por que esse cara de todos os caras tem a Helene, de outra forma inteligente, o perseguindo e verificando incessantemente seu telefone em busca de mensagens. Garota, ele não está tão a fim de você.
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