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Joe quer que seus filmes se conectem dessa maneira, não por meio do enredo ou mesmo do personagem, mas por meio da experiência. Ele quer questionar como nos envolvemos com o cinema e, por extensão, com a própria vida. Seu “Memoria” nunca terá um lançamento físico, apenas será exibido em cinemas em um road show itinerante, percorrendo o país por anos, uma semana de cada vez, começando neste domingo, 26 de dezembroº, Na cidade de Nova York. Embora eu não ame o que isso significa em termos de poucas pessoas sendo capazes de acessar uma ótima arte, há uma certa lógica para esse filme específico receber o tratamento roadshow. É uma questão de experiência. É uma jornada para quem está disposto a empreendê-la.
Swinton interpreta Jessica, uma mulher que está visitando uma irmã doente em Bogotá. Há imediatamente uma sensação de deslocamento internacional porque Jéssica é da Escócia, mas vive em Medellín e agora está visitando a Colômbia (é ampliado por este ser o primeiro filme de Joe que é principalmente em inglês). Esse deslocamento é reforçado pelo “som”. Ele abre o filme, seguido pela imagem de Jessica se levantando da cama. Ela ouviu também ou foi apenas para o público? Ela o fez e começa a ouvir cada vez mais. Os espectadores vão querer brincar de detetive. Isso vem com situações estressantes? Há uma cena de jantar em que parece ser o caso. E, no entanto, quem já viu um filme de Joe sabe que é improvável que as respostas sejam dadas.
A jornada de Jessica fica mais inquietante. Ela se encontra com o referido técnico para descobrir a origem do som mais de uma vez, mas ele parece não existir quando ela volta para vê-lo novamente. Da mesma forma, no jantar, ela disse que alguém que ela tinha certeza de que morreu ainda está vivo. É como se toda a sua existência tivesse sido ligeiramente deslocada. Ela vagueia pelas ruas de Bogotá até finalmente se afastar do barulho da cidade. Talvez aqui ela possa entender o que está acontecendo? Provavelmente não.
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