Thu. Jul 4th, 2024


O papel da IA na composição musical tem sido objeto de debate entre músicos, estudiosos e tecnólogos há muitos anos. A inteligência artificial (IA) pode ser definida como a capacidade de um computador imitar a cognição humana, incluindo a capacidade de aprender, raciocinar, adaptar-se e autodirigir-se. Na música, a IA tem sido utilizada como uma ferramenta poderosa para criar, analisar e aprimorar a composição musical.

Desde os anos 80, a IA tem sido usada para criar música, principalmente nos gêneros de música eletrônica, onde a criação de padrões repetitivos pode ser facilmente programada. O compositor francês Pierre Boulez foi um dos primeiros a experimentar o uso da IA na música em seu software “Série”. O programa foi capaz de gerar peças musicais baseadas em uma série matemática, que o compositor usou em muitas de suas obras.

Nos últimos anos, a IA avançou significativamente e agora é capaz de criar música em todos os gêneros. Um exemplo é o programa AIVA (Artificial Intelligence Virtual Artist), criado pela empresa belga de tecnologia Amper Music. A AIVA é capaz de criar músicas a partir de uma base de dados de melodias e harmonias existentes, analisando e identificando padrões comuns e criando novas músicas a partir deles. Desde o seu lançamento, a AIVA já criou várias composições originais que foram usadas em comerciais, filmes e até mesmo em uma apresentação ao vivo no festival SXSW.

Outro exemplo é o programa “Flow Machines”, desenvolvido pelo compositor francês Benoît Carré. O programa usa algoritmos para analisar músicas existentes e criar novas músicas com base em seus elementos. Em 2016, Carré lançou um álbum chamado “Hello World” com músicas compostas em colaboração com a IA. O álbum foi lançado por uma grande gravadora e bem recebido pela crítica.

A IA também pode ser usada para analisar e aprimorar a composição musical. A empresa americana Landr, por exemplo, criou um software chamado “Hudba”, que usa a IA para analisar músicas e dar sugestões de mixagem e masterização. O programa pode detectar problemas como saturação, falta de clareza ou problemas de EQ e sugerir ajustes para corrigi-los.

Além disso, a IA também pode ser usada como uma ferramenta de aprendizado para músicos. O programa “Musiio” é capaz de analisar grandes bancos de dados de músicas e identificar padrões e tendências. O programa pode ajudar músicos a descobrir novas tendências musicais e inspirações para suas próprias composições.

No entanto, nem todos os músicos estão entusiasmados com o uso da IA na composição musical. Alguns argumentam que a música é uma expressão artística única, criada por um ser humano com emoção e sentimento. Outros temem que a IA possa deslocar músicos humanos e torná-los irrelevantes na indústria musical.

Como a IA continua a avançar, é provável que o seu papel na composição musical continue a crescer. Embora haja desafios e questões éticas a serem consideradas, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar músicos a criar músicas mais originais, inspiradoras e emocionais.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.