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O futebol é um dos esportes mais populares do mundo, e em Portugal não é diferente. Desde o século XIX, o futebol já era praticado em terras lusitanas, mas foi somente em 1914 que a Federação Portuguesa de Futebol foi fundada. Entretanto, desde essa época, o futebol e a política parecem andar de mãos dadas muitas vezes, e isso não é diferente em Portugal.

Historicamente, o futebol em Portugal foi utilizado como instrumento político, principalmente durante o período da ditadura salazarista, que durou de 1928 a 1974. Salazar, o presidente da República nesse período, utilizou o esporte para promover a sua imagem e manter o povo ocupado e distraído. O futebol português tinha como seus grandes clubes o Benfica, Sporting e Porto, que começaram a exercer um grande poder econômico e social no país. E isso não passou despercebido pelos governantes da época.

O regime salazarista controlava todos os aspectos da vida em Portugal, incluindo o futebol. O patrocínio dos grandes clubes era bancado pelo próprio Estado, e o futebol era encarregado de manter a população distraída dos problemas políticos e sociais. O Benfica, por exemplo, foi utilizado nos anos 60 para dar uma imagem moderna de Portugal aos olhos do mundo, através da conquista da Taça dos Campeões Europeus.

Entretanto, o futebol também foi utilizado como um meio de protesto. Nos anos 70, altura em que o regime salazarista estava no fim, jogadores e torcedores começaram a manifestar abertamente seu descontentamento com a situação política do país. O Benfica, por exemplo, recusou-se a participar de um jogo contra a seleção do Brasil, por causa das condições políticas e econômicas no país.

Com o fim da ditadura em 1974, Portugal passou por um período de transição democrática, e o futebol não ficou de fora desse processo. O esporte ganhou mais liberdade e autonomia, assim como outros setores da sociedade. Surgiram novos clubes e competições, assim como o Campeonato Nacional da Primeira Divisão, que passou a ser a principal competição de futebol no país.

Entretanto, mesmo na democracia, o futebol e a política continuaram a se envolver em alguns momentos. Um exemplo disso foi a final do Campeonato Nacional de 1994, que ocorreu entre Benfica e Porto. O jogo foi marcado por diversos confrontos e agressões entre jogadores e torcedores, em um ambiente hostil e violento. Na época, o primeiro-ministro português, Aníbal Cavaco Silva, criticou publicamente a postura dos envolvidos, afirmando que “o espetáculo do futebol deve ser um momento de alegria e não de violência”.

Em 2004, Portugal sediou o Campeonato Europeu de Futebol, e mais uma vez o esporte foi utilizado como instrumento político. O evento serviu para mostrar a Portugal e ao mundo a modernidade e a capacidade do país em realizar grandes eventos esportivos. Entretanto, a organização do campeonato gerou críticas por parte da população portuguesa, que questionava os altos gastos e a falta de investimentos em setores como saúde e educação.

Em 2016, Portugal conquistou o seu primeiro título do Campeonato Europeu de Futebol, em um momento de grande crise política e econômica no país. A conquista da seleção portuguesa foi vista por muitos como uma forma de unir o país e trazer um pouco de esperança em meio à crise. O então presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou à época que “o futebol foi uma das poucas coisas que uniu verdadeiramente os portugueses nos últimos anos”.

Atualmente, o futebol em Portugal passa por uma fase de modernização e profissionalização. Grandes investimentos têm sido feitos em infraestrutura, tecnologia e contratação de jogadores internacionais, visando tornar o Campeonato Português mais competitivo e relevante no cenário internacional. Clubes como o Porto e o Benfica mantêm uma rivalidade histórica e uma grande influência política e social no país.

Em conclusão, o futebol e a política sempre estiveram interligados em Portugal, seja através da utilização política do esporte durante a ditadura salazarista, seja pela manifestação de protestos e reivindicações dos jogadores e torcedores. Entretanto, apesar dos conflitos, o futebol também foi utilizado como uma forma de unir o país em momentos difíceis, mostrando a força e a influência deste esporte tão popular em terras lusitanas.
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By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.