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De Salvador para o mundo: a mistura de ritmos baianos na música brasileira

A Bahia, estado do nordeste brasileiro, é conhecida por sua cultura rica e diversa, que é refletida em sua música. Com uma história marcada pela influência africana, indígena e europeia, os ritmos baianos se tornaram uma marca registrada da música brasileira e ganharam reconhecimento mundial.

A mistura de ritmos baianos começou a se consolidar na década de 1960, com a ascensão do movimento tropicalista liderado por artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Eles misturavam sons tradicionais com elementos de rock, jazz e outras influências internacionais, criando uma nova sonoridade que se tornaria a marca registrada da música baiana.

O samba-reggae, por exemplo, é um dos ritmos mais populares da Bahia. Ele nasceu na década de 1970, quando os blocos afro começaram a desfilar no carnaval de Salvador, unindo elementos do samba carioca com a percussão africana. O Olodum, bloco afro mais famoso da Bahia, popularizou o samba-reggae no Brasil e no mundo, com hits como “Faraó Divindade do Egito” e “Alegria Geral”.

A lambada e o axé são outros exemplos de ritmos baianos que conquistaram o Brasil e o exterior. A lambada nasceu na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, e se popularizou em todo o país na década de 1980, com músicas como “Chorando Se Foi” do grupo Kaoma. Já o axé surgiu nos anos 1980, como uma mistura de ritmos africanos e brasileiros, especialmente o samba-reggae e o ijexá. Entre os grandes sucessos do axé estão “Fricote” de Luiz Caldas e “Toda Menina Baiana” de Gilberto Gil.

Outro ritmo baiano que vem ganhando espaço na música brasileira é o pagode baiano. Ele surgiu na década de 1990, como uma variação do pagode carioca, mas com a adição de instrumentos de percussão e elementos do axé. O grupo Harmonia do Samba é um dos mais conhecidos do estilo, com músicas como “Vem Neném” e “Desafio”.

A música baiana também tem influenciado outros estilos musicais, como o funk carioca e o pop. Artistas como Anitta, Ludmilla e MC Kevinho têm incorporado elementos baianos em suas músicas, com batidas e refrões dançantes. Já a cantora Iza, que é carioca, gravou recentemente uma versão de “Canto da Sereia”, sucesso dos Novos Baianos nos anos 1970.

Além dos ritmos, a Bahia também é conhecida por seus artistas icônicos. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown são alguns dos nomes de peso da música baiana. Eles não apenas influenciaram a sonoridade da Bahia, mas também têm sido porta-vozes importantes de questões sociais e políticas.

A música baiana, portanto, é uma síntese da rica e diversa cultura do estado, que se tornou um patrimônio cultural brasileiro e mundial. Seus ritmos, instrumentos e artistas têm inspirado gerações de músicos e fãs ao redor do mundo e continuam a conquistar novos públicos. De Salvador para o mundo, a música baiana é uma celebração da vida, da dança e da diversidade.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.