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A diversidade da música africana lusófona

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A música africana é uma das mais influentes do mundo. As suas sonoridades e ritmos possuem uma riqueza cultural que atravessa fronteiras e encanta diversas pessoas ao redor do planeta. A música africana lusófona, em particular, é extremamente diversificada e variada, fruto da mistura de culturas e tradições que se desenvolveram ao longo dos séculos em países como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

A diversidade da música africana lusófona é uma das suas principais características. De acordo com o especialista em afro-music, Carlos Semedo, existem seis grandes estilos musicais que se originaram na África lusófona: semba, kizomba, kuduro, funaná, batuque e tarraxinha. Vamos conhecer cada um deles.

O semba é um dos estilos mais antigos e tradicionais da música angolana. Sua origem remonta ao século XIX, nas províncias de Luanda e Benguela. O semba é uma mistura de ritmos africanos e portugueses e tem uma sonoridade vibrante e dançante. É comum encontrar em suas letras temas como amor, alegria e crítica social.

A kizomba é um estilo musical originário de Angola na década de 1980. É uma mistura do semba com a música caribenha, principalmente o zouk e a lambada. A kizomba é uma dança sensual, acompanhada de uma melodia suave e romântica. É muito popular em Portugal e países africanos de língua portuguesa.

O kuduro é originário de Angola, mais precisamente na capital Luanda, e surgiu na década de 1990. É uma fusão de ritmos africanos com elementos eletrônicos e hip-hop. O kuduro é uma dança muito animada e com coreografias complexas. Suas letras abordam temas como política, moda e festividades.

O funaná é um estilo musical muito popular em Cabo Verde. Surgiu no século XX, na ilha de Santiago, e é uma fusão de ritmos africanos, como o batuque, com instrumentos europeus, como a gaita e o acordeão. O funaná é um estilo musical muito dançante e animado, que tem como principais temas a alegria e a cultura cabo-verdiana.

O batuque é outro estilo musical com origem em Cabo Verde e tem sido retratado como “um dos elementos mais fortes da identidade cabo-verdiana”. É um estilo dançante, antigamente tocado só por mulheres acompanhadas pela “ferrinho” (um objeto de metal que se raspa com uma faca). Atualmente, o batuque é tocado por grupos bem organizados, sendo que a coreografia e os cantos formam parte essencial da apresentação.

Por fim, a tarraxinha é um estilo de dança que se originou em Angola e que é muito popular em Portugal. É uma dança sensual, com um ritmo lento e suave, acompanhado por acordes de guitarra. A tarraxinha é uma dança muito romântica e sensual, que tem como tema principal o amor.

Como podemos ver, a diversidade da música africana lusófona é impressionante. Cada estilo musical é único e tem suas próprias particularidades. A música é uma manifestação cultural importante, que ajuda a preservar tradições e a contar histórias. A música africana lusófona tem uma sonoridade única e marcante, e tem contribuído para enriquecer a cultura musical mundial.

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