Sat. Sep 28th, 2024
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As raízes africanas da música brasileira são profundas e se entrelaçam com a história do Brasil desde a época colonial. Falar sobre a música brasileira é falar sobre a música africana também, pois esta última influenciou grandemente a construção da identidade musical do país.

Durante o período da escravidão, os africanos trazidos ao Brasil eram separados de suas tradições culturais e religiosas. No entanto, mesmo com tamanha opressão, as raízes africanas se mantiveram vivas através da música. Esta era uma forma de preservar a identidade, a religiosidade e a cultura de origem.

Assim, surgiram vários ritmos e gêneros musicais que levam a marca da cultura africana. A percussão, por exemplo, é um dos elementos mais importantes presente na música brasileira. Os tambores eram muito utilizados nas festas religiosas dos escravos e também em seus momentos de lazer. Com o passar dos anos, os tambores se tornaram instrumentos importantes na construção da música popular do país.

O samba é um dos ritmos mais conhecidos e tradicionais do Brasil e tem forte influência africana. E, apesar de o samba ser associado ao carnaval, ele é muito mais do que isso. O samba é um gênero musical que tem raízes no batuque e no canto dos escravos. Desde o início do século XX, o samba se espalhou pelo Brasil, ganhando diversas variações e estilos.

Outro ritmo tradicional que tem influência africana é o maracatu. O maracatu é uma manifestação cultural típica de Pernambuco e envolve música, dança e teatro. Originário da cultura dos escravos africanos, o maracatu é uma celebração religiosa que homenageia os reis do Congo e da Angola.

O axé também é um gênero musical muito popular no Brasil que tem raízes africanas. Originário da Bahia, o axé é uma mistura de ritmos como o samba-reggae, o ijexá e o maracatu, além de influências do reggae e do funk. O axé é muito presente nas festas populares brasileiras, principalmente no carnaval.

Além disso, há outros ritmos importantes que têm influência africana, como o frevo, o forró, o baião, o jongo, o candomblé e a capoeira. Todos eles tiveram papel importante na formação da música brasileira e são testemunhos da riqueza e da mistura cultural presente no país.

É importante lembrar que a música afro-brasileira não é apenas um elemento cultural, mas também uma forma de resistência e de luta contra o racismo e a opressão. Ela representa a resistência da cultura africana que sobreviveu ao longo do tempo, resistindo ao processo de branqueamento e opressão que os negros sofreram durante a história do Brasil.

A música afro-brasileira também tem grande influência na construção da identidade cultural do Brasil. Ela é um elemento indispensável na formação da cultura brasileira e representa uma das várias faces da miscigenação presente no país.

Em resumo, as raízes africanas da música brasileira estão presentes em diversos ritmos e gêneros musicais e são fundamentais para entender a formação da cultura brasileira. A música não apenas reflete a cultura de um povo, mas também se torna uma forma de resistência e luta contra a opressão. É necessário valorizar e preservar essa herança cultural e reconhecer a importância da cultura afro-brasileira na construção da identidade nacional.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.