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A evolução do jazz em Portugal: dos anos 20 aos dias de hoje

O jazz é um género musical que nasceu nos Estados Unidos no final do século XIX, com raízes nos blues e na música afro-americana. Desde então, tem sido um género musical muito importante em todo o mundo, com muitos subgéneros diferentes e influências culturais variadas.

Em Portugal, o jazz teve uma evolução interessante, que reflete a história do país e a sua relação com outras culturas musicais. Neste artigo, vamos examinar a evolução do jazz em Portugal, desde os anos 20 até aos dias de hoje.

Os anos 20: o jazz chega a Portugal

Nos anos 20 do século XX, o jazz começou a chegar a Portugal, principalmente através dos navios que traziam músicos e artistas americanos para a Europa. Na altura, o jazz era uma novidade excitante, e muitos portugueses ficaram rapidamente fascinados com o género.

Os primeiros clubes de jazz foram abertos em Lisboa, para acolher os músicos que tocavam diretamente dos navios e para oferecer entretenimento aos portugueses. O Jazz Hot Clube foi um dos primeiros clubes de jazz do país, que abriu em 1922, e ainda existe até hoje.

A popularidade do género cresceu rapidamente, e os portugueses começaram a abraçá-lo como parte da sua própria cultura. Em pouco tempo, muitos artistas portugueses começaram a incluir o jazz nas suas atuações.

Os anos 30 e 40: o jazz é reprimido pela ditadura

Nos anos 30, Portugal foi governado por Salazar e, mais tarde, por Marcelo Caetano, durante a ditadura do Estado Novo. Durante este período, muitas formas de expressão artística foram reprimidas, incluindo o jazz.

Os clubes de jazz foram proibidos, e muitos músicos foram censurados ou presos por tocar este género musical. No entanto, o jazz ainda conseguiu sobreviver em Portugal durante estes anos, graças aos artistas que se sentiam comprometidos com a sua arte e àqueles que queriam lutar contra a opressão cultural.

Os anos 50 e 60: o jazz renasce em Portugal

Nos anos 50 e 60, o jazz começou a renascer em Portugal, graças a uma nova geração de músicos e artistas que colaboraram para trazer o género de volta para o país. Esta foi uma época em que muitos portugueses estavam a explorar novas formas de expressão artística, que refletiram a sua luta pela liberdade e pela independência.

O Hot Club de Portugal foi fundado em 1948, e rapidamente tornou-se no principal impulsionador do jazz em Portugal. O clube promoveu concertos regulares, workshops e festivais que trouxeram músicos de jazz de todo o mundo para Portugal.

Nos anos 60, o jazz começou a ter mais presença na televisão e na rádio portuguesa, graças a programas dedicados ao género. O Festival de Jazz do Estoril foi criado em 1971, e ainda hoje é um dos eventos de jazz mais importantes de Portugal.

Os anos 70 e 80: o jazz português ganha prominência internacional

Nos anos 70 e 80, o jazz português começou a ganhar coisas de destaque no mundo inteiro. Muitos artistas portugueses começaram a tocar em palcos internacionais, trazendo novas audiências para o género.

Os artistas portugueses que se destacaram nesta época incluem Carlos Zíngaro, Mário Laginha e Bernardo Sassetti. Estes músicos foram fundamentais para aumentar a visibilidade do jazz português, e para explorar novas formas de fusão com outras influências musicais.

Os anos 90 até aos dias de hoje: o jazz continua a evoluir

Nos anos 90 até aos dias de hoje, o jazz em Portugal continua a evoluir e a crescer. Muitos artistas portugueses continuam a colaborar com músicos internacionais, explorando novas possibilidades musicais e criando novas fusões de géneros.

Hoje, existem vários clubes de jazz em Lisboa e no Porto, que promovem concertos regulares e oferecem um espaço para o género crescer em Portugal. O Jazz em Agosto é um dos festivais de jazz mais importantes do país, que acontece todos os anos no Centro Cultural de Belém.

Em Portugal, o jazz já percorreu uma longa jornada desde os anos 20, e hoje é um género musical vibrante, diversificado e com influência internacional. O jazz em Portugal continua a evoluir e a crescer, e esperamos continuar a ver o género a florescer nos próximos anos.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.