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A música popular brasileira é uma das formas de expressão mais antigas e presentes na cultura brasileira. Seu desenvolvimento começou na época colonial e se consolidou ao longo dos séculos, passando por diversas influências e transformações até chegar aos dias de hoje. Em cada fase da história do Brasil, a música popular brasileira refletiu os valores, o imaginário e as aspirações da sociedade, se tornando um elemento fundamental de identidade cultural.

Ao longo dos séculos XVI e XVII, a música que se fazia no Brasil colonial era principalmente litúrgica e instrumental. Os jesuítas, responsáveis pela evangelização, utilizavam a música como um meio de catequese e ensinavam os índios a tocarem instrumentos europeus como o cravo, a viola e o órgão. Nesse período, surgiram algumas composições canônicas como “Chiquinha Gonzaga”, “Brigadeiro Tobias” e “Separação da Bahia”. Essas músicas eram compostas por portugueses que chegaram ao Brasil para trabalhar, mas também eram influenciados pelos sons e ritmos das culturas ameríndias e africanas.

A partir do século XVIII, a música popular brasileira começou a se tornar mais urbana e a ganhar outras formas. A presença dos escravos africanos foi fundamental para o surgimento de novos ritmos musicais, como o samba, o choro, o maxixe e a marchinha. A cidade do Rio de Janeiro foi o principal centro de desenvolvimento desses estilos, que surgiram da mistura de elementos europeus e africanos. A música popular, nessa fase, era considerada um entretenimento associado às camadas populares, e muitos músicos renomados eram negros e mestiços, como Donga, Pixinguinha, João da Baiana e Sinhô.

A década de 1930 foi um período de grande efervescência cultural no Brasil, que refletiu na música popular. O país passava por profundas mudanças políticas e sociais, e a chamada Era Vargas foi marcada pela criação de instituições que buscavam fomentar a cultura nacional. A música se tornou um objeto de interesse para o Estado, que criou rádios e programas que impulsionaram a popularização de novos artistas, como Carmen Miranda, Francisco Alves e Ary Barroso. Foi nessa época que o mundo conheceu o samba, através da música “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, que se tornou um sucesso internacional.

Após a II Guerra Mundial, a música popular brasileira adquiriu uma dimensão ainda maior, com a consolidação de um mercado fonográfico e a criação de um circuito de shows e boates. Foi nesse período que surgiram artistas que se tornariam ícones da música brasileira, como Tom Jobim, João Gilberto, Vinicius de Moraes e Elis Regina. Esses artistas foram responsáveis pelo surgimento da bossa nova, um estilo musical que combinava a música brasileira tradicional com o jazz norte-americano, e que teve grande repercussão internacional.

A década de 1960 foi marcada pela politização da música popular brasileira, que se tornou um meio de contestação política e social. Nessa época, surgiram artistas que eram considerados engajados, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Geraldo Vandré. A música popular brasileira passou a ser um veículo para a crítica à ditadura militar que governava o país, e muitas canções se tornaram hinos de resistência. Além disso, surgiram novas formas de expressão musical, como o tropicalismo, que reunia elementos de diferentes culturas em uma única linguagem.

A partir da década de 1970, a música popular brasileira passou por um período de diversificação e fragmentação. Surgiram vários estilos e gêneros musicais que se tornaram populares em diferentes regiões do país, como o pagode, o axé, o sertanejo e o funk. O acesso à tecnologia e a popularização dos meios de comunicação também permitiram que novos artistas surgissem e ganhassem espaço na mídia, como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Tim Maia, Elis Regina, Alceu Valença, Zé Ramalho e Rita Lee.

Nos últimos anos, a música popular brasileira tem passado por um processo de renovação e reinvenção. Novos artistas, como Anitta, Luan Santana, Pabllo Vittar e Ludmilla, têm se destacado no cenário musical brasileiro e internacional, levando a música brasileira para novos lugares e públicos. Além disso, a música popular brasileira tem se mostrado uma força política e social, denunciando o racismo, a xenofobia e a homofobia, assim como defendendo a preservação do meio ambiente e dos direitos humanos.

Em conclusão, a evolução da música popular brasileira é um processo fascinante e complexo, que reflete as múltiplas facetas da cultura e da sociedade brasileira. A música popular brasileira não é apenas uma expressão artística, mas uma forma de resistência, de contestação e de afirmação da identidade cultural do país. Através da música, os brasileiros têm expressado suas emoções, suas frustrações, suas alegrias e suas esperanças, deixando um legado cultural que é de todos e para todos.
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By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.