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A influência africana na música portuguesa é um tema extremamente importante e fundamental para entender a riqueza cultural do país. Portugal é um lugar de passagem para muitos povos, culturas e tradições que aqui se encontram e se misturam. Desde os antigos povos celtas e romanos, passando pelos mouros e judeus, até a chegada dos africanos, o país sempre foi palco da troca e fusão de musicalidades e ritmos.

Durante o período colonial português, que durou quase 500 anos, a influência africana foi imensa. A África é um continente vasto e rico em ritmos e musicalidades, e essa riqueza se fez presente na cultura portuguesa. A cultura musical africana é uma das mais ricas e diversificadas do mundo, tendo influenciado a música de muitos países, incluindo Portugal.

Os africanos trazidos para Portugal, principalmente do continente africano, nas diversas colônias portuguesas, trouxeram com eles sua própria cultura musical, que não tardou a influenciar a música portuguesa. A música africana é pulsante, rítmica e cheia de energia, e sua influência se fez notar em diversos gêneros musicais portugueses, tais como o fado, o funaná, o kizomba, o semba, o funji, entre tantos outros.

O fado, por exemplo, é um gênero musical profundamente português, cuja influência africana é bastante clara. O fado é uma música de caráter melancólico e saudoso, com letras que falam de amor, sofrimento e solidão. Sua origem remonta ao século XIX, quando os marinheiros portugueses se reuniam em casas de fado para cantar suas tristezas. A influência africana no fado se manifesta em sua forte percussão, com a adição de instrumentos africanos como o cajón e o djembe, além da incursão de ritmos e melodias africanas na música.

O funaná é outro gênero musical que tem influência africana clara. Originário de Cabo Verde, o funaná é um ritmo de caráter festivo e animado, com letras que falam da vida cotidiana nas ilhas cabo-verdianas. Sua sonoridade é resultado da fusão entre ritmos africanos e europeus, com a incorporação de instrumentos africanos como a gaita e o tambor.

Outro ritmo de influência africana é o semba, originário de Angola. O semba é um ritmo animado e dançante, com letras geralmente engraçadas e bem-humoradas. Sua origem remonta aos antigos encontros de dança dos escravos angolanos nas senzalas, onde eles tentavam preservar sua cultura e tradições.

A kizomba é outro ritmo que tem forte influência africana. Originária de Angola, a kizomba é um ritmo lento e sensual, com letras cheias de romantismo e amor. Sua dança é caracterizada por movimentos bem lentos e elegantes, e sua sonoridade é resultado da fusão entre ritmos africanos e latinos.

O funji é outro ritmo africano que influenciou a música portuguesa. Originário de São Tomé e Príncipe, o funji é um ritmo alegre e contagiante, com letras que falam da vida cotidiana dos santomenses. Sua sonoridade é resultado da fusão entre ritmos africanos e portugueses, com a adição de instrumentos como o cavaquinho e o tambor.

A influência africana na música portuguesa não se restringe apenas aos gêneros musicais citados acima. Ela está presente em muitos outros ritmos e melodias portuguesas, como nos samba-enredos do Carnaval português, na música de rua dos bailaricos populares, nos cantos de trabalho dos pescadores e agricultores, entre tantos outros.

Essa influência africana é parte fundamental da riqueza cultural portuguesa, e deve ser valorizada e preservada. Ela nos mostra a importância do contato e da troca entre culturas, e como a música pode ser um instrumento poderoso de aproximação e união. A música portuguesa é uma riqueza nacional, e a influência africana é parte essencial dessa riqueza.
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By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.