Wed. Oct 2nd, 2024
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As parcerias internacionais no cinema português têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento e crescimento da indústria cinematográfica em Portugal. Desde o início do século XX, a colaboração com outros países tem sido uma estratégia essencial para aumentar a visibilidade e a qualidade das produções nacionais, bem como para atrair investimento e talento estrangeiro.

Uma das parcerias internacionais mais notáveis no cinema português foi a colaboração com a França na década de 1960. Nessa época, cineastas portugueses como Manoel de Oliveira e João César Monteiro estabeleceram laços estreitos com a indústria cinematográfica francesa, o que resultou em co-produções premiadas e aclamadas internacionalmente. O filme “O Passado e o Presente”, de Manoel de Oliveira, por exemplo, foi financiado em parte pela França e ganhou o prêmio de Melhor Realizador no Festival de Cannes.

Além da França, Portugal também estabeleceu parcerias com outros países europeus, como Espanha, Itália e Alemanha. Através destas colaborações, os cineastas portugueses tiveram a oportunidade de trabalhar com atores e técnicos estrangeiros de renome, bem como de aceder a equipamentos e locações de alta qualidade. O filme “Tabu”, de Miguel Gomes, é um exemplo de uma produção que beneficiou de parcerias internacionais, tendo sido co-produzida por países como Alemanha e Brasil.

Além da Europa, Portugal também tem estabelecido parcerias com países da América Latina, África e Ásia. O cineasta Pedro Costa, por exemplo, colaborou com a produtora brasileira Rec Produtores Associados no filme “Cavalo Dinheiro”, que foi aclamado pela crítica internacional. Esta colaboração permitiu a Costa explorar novas perspectivas e abordagens na realização de filmes, bem como expandir o seu público-alvo para além das fronteiras portuguesas.

As parcerias internacionais no cinema português não se limitam apenas à produção de filmes, mas também abrangem a distribuição e promoção das obras cinematográficas. O programa Europa Criativa da União Europeia, por exemplo, tem apoiado a circulação de filmes portugueses em festivais e cinemas de todo o mundo, aumentando a sua visibilidade e impacto cultural.

No entanto, apesar dos benefícios das parcerias internacionais, o cinema português enfrenta desafios significativos, como a falta de financiamento e de infraestruturas adequadas. Muitos cineastas portugueses têm de recorrer a co-produções internacionais para conseguirem concretizar os seus projetos, o que pode resultar numa perda de identidade e autonomia criativa.

Em suma, as parcerias internacionais no cinema português desempenham um papel crucial no enriquecimento e diversificação da indústria cinematográfica nacional. Ao colaborar com outros países, os cineastas portugueses têm a oportunidade de aprender e crescer, bem como de partilhar a sua cultura e experiências com o mundo. É essencial que o governo português continue a apoiar e promover estas parcerias, a fim de garantir um futuro brilhante e sustentável para o cinema nacional.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.