Fri. Oct 18th, 2024


A inteligência artificial (IA) tem transformado diversos setores ao redor do mundo, e a produção musical não fica de fora dessa revolução tecnológica. Desde a criação de novas melodias até a mixagem e edição de faixas musicais, a IA tem demonstrado sua capacidade de impactar positivamente o meio musical, e as possibilidades são cada vez mais amplas.

A IA pode ser utilizada em diversas etapas do processo de criação musical. Um dos primeiros passos pode ser a gerência da música por meio de algoritmos, que visam identificar as características dos artistas e/ou ouvintes para recomendar canções e artistas similares. Esse tipo de tecnologia já é bastante conhecido pelo público em serviços de streaming como o Spotify, o qual oferece playlists personalizadas para cada usuário.

Outra forma de utilização da IA é em programas de criação de letras e melodias. Uma ferramenta que tem chamado atenção nesse sentido é o Amper, um software que cria faixas musicais personalizadas de forma autônoma em poucos minutos por meio de IA, inteligência artificai. O programa permite a escolha de gênero, tempo, tom, instrumentos e outros aspectos para produzir uma composição única. Dessa forma, o Amper facilita a criação de músicas para artistas que não possuem um background musical, bem como para aqueles que buscam uma forma mais rápida e eficiente para produzir uma faixa.

A IA também pode ser usada na mixagem e edição de tracks. Um exemplo disso é o LANDR, um programa que utiliza machine learning, tecnologia de aprendizado de máquina, para aprimorar faixas musicais. Essa ferramenta detecta problemas na mixagem, como equalização, compressão e nível de volume, para fazer ajustes precisos e melhorar a qualidade de uma canção. Por meio de IA, o LANDR é capaz de realizar um trabalho que antes seria feito por um engenheiro de som, o que economiza tempo e dinheiro.

Vale ressaltar que a IA também pode auxiliar no processo criativo de músicos e produtores musicais ao fornecer insights valiosos sobre hábitos de escuta e preferências de seu público. Esse tipo de tecnologia é capaz de analisar dados de consumo musicais, como os locais mais comuns de streaming, os gêneros e artistas mais escutados e os períodos de maior atividade dos ouvintes, entre outras informações. Por meio dessas análises, é possível que músicos e produtores musicais produzam faixas com maior chance de sucesso no mercado.

Além disso, há uma outra forma de utilização da IA que pode ser considerada disruptiva: a produção de shows com a ajuda dessa tecnologia. A startup Wave utiliza IA para criar eventos musicais em tempo real, por meio da captura e interpretação de dados de áudio e vídeo, os quais são transformados em hologramas e efeitos visuais imersivos. A partir dessa tecnologia, é possível criar concertos únicos, que vão muito além da simples apresentação de um artista.

A IA tem mudado radicalmente a forma como produzimos música. Desde a criação de novas melodias até a produção de shows, os benefícios dessa tecnologia são inúmeros. Podemos afirmar que a IA veio para ficar e se consolidar cada vez mais no ramo musical, criando novas possibilidades para artistas e produtores musicais. Cabe a nós, consumidores, ouvir e aproveitar as novas faixas que surgem a partir dessa revolução tecnológica.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.