Thu. Sep 19th, 2024


A adaptação do hóquei ao clima tropical brasileiro tem sido um desafio enorme para os praticantes e treinadores da modalidade em solo brasileiro. Muitos se questionam como jogar hóquei em um país tão quente, onde a temperatura média anual ultrapassa os 25°C e a umidade relativa do ar é alta em boa parte das regiões.

Atualmente, o hóquei sobre grama é a modalidade mais praticada no país, devido a possibilidade de adaptação das medidas do campo de jogo, que pode ser reduzido para se adequar às dimensões desses sintéticos. E mesmo assim, há muitos obstáculos a serem superados, desde o fornecimento e manutenção de um gramado sintético até a adaptação do jogo em si.

Um dos principais desafios é a hidratação adequada dos atletas. O esforço físico constante, somado às altas temperaturas, aumentam a perda de água e a desidratação pode prejudicar o desempenho e até mesmo a saúde dos jogadores. Por isso, é imprescindível que todos se hidratem antes, durante e depois das partidas.

Outra questão é a vestimenta. Os uniformes tradicionais do hóquei são compostos por várias camadas de tecidos grossos e pesados, ideais para manter os jogadores aquecidos em ambientes gelados. No entanto, tais roupas podem se tornar um problema em clima tropical, podendo causar desconfortos como excesso de suor e insolação. É importante que os uniformes sejam leves e tenham tecidos respiráveis, que facilitem a ventilação e permitam a evaporação da transpiração.

Além disso, a regra do tempo de jogo também é um elemento que precisa ser ajustado. O período de jogo de 70 minutos pode se tornar excessivo para as condições climáticas do nosso país, levando a queda de rendimento e desgaste excessivo dos atletas. Por isso, é necessário estabelecer intervalos mais frequentes e outros ajustes para o jogo em si.

Nos últimos anos, algumas iniciativas têm surgido para facilitar a adaptação do hóquei ao clima tropical brasileiro. Uma delas é a construção de arenas com sistemas de resfriamento, que mantêm o piso com temperatura adequada para o jogo (em torno de 18°C), além de permitir que as equipes possam se concentrar e se recuperar do calor antes e depois das partidas.

Outra iniciativa é a adoção de padrões de jogo mais compactos, que facilitam a troca de passes e movimento coletivo, sem que a necessidade de correr muito ou fazer grandes esforços. Essa tática se concentra em valorizar a habilidade técnica dos jogadores e organizar o time dentro de campo.

O esporte como um todo, está em constante evolução. Com a crescente demanda por adaptações em um cenário tão particular como o brasileiro, os treinadores e praticantes do hóquei têm tido a capacidade de se ajustarem a essas condições adversas. E a cada nova adaptação, a modalidade se fortalece e ganha mais adeptos e admiradores em nosso país.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.