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Inteligência artificial e a revolução musical


A inteligência artificial (IA) vem mudando e aprimorando diversos setores nos últimos anos, e a música não poderia ficar de fora desta revolução. As possibilidades da IA na área musical vão desde a criação e produção de músicas até mesmo na análise e recomendação de conteúdo para os usuários. Esta tecnologia está mudando completamente a forma como percebemos as produções musicais e está impactando todo o mercado musical.

Ao longo dos anos, a IA tem sido cada vez mais utilizada em produções musicais. Grandes empresas como Google e IBM investem em tecnologias de aprendizado de máquina, uso de algoritmos e processamento de linguagem natural para criar softwares capazes de compor e até mesmo tocar músicas.

Uma das primeiras iniciativas neste sentido foi do músico e programador britânico David Cope que, em 1997, criou um programa chamado Experiments in Musical Intelligence (EMI). O software teve como objetivo criar uma inteligência artificial com a capacidade de compor músicas seguindo regras, características e padrões de estilos musicais clássicos. O programa atualmente conta com cerca de 38 horas de gravações musicais produzidas por ele mesmo.

A partir de então, muitos outros programas e aplicativos foram criados com esse mesmo objetivo, como por exemplo, o AI Duet, desenvolvido pela Google, que permite que o usuário toque uma melodia na sua tela e a inteligência artificial vai improvisar uma música em resposta, tudo em tempo real.

Ainda na produção musical, a IA também está sendo usada para melhorar a qualidade de gravação e mixagem das músicas. Por exemplo, a empresa iZotope, criou um programa que usa aprendizagem de máquina e inteligência artificial para analisar traços das gravações e criar melhores equalizações, diminuir ruídos e aprimorar a qualidade do som de cada instrumento e voz.

Na indústria musical, a IA tem sido usada para a análise e recomendação de conteúdo. Sites de streaming de música, como Spotify, possuem tecnologias de análise de gosto musical que sugerem playlists e artistas semelhantes e personalizadas para o usuário. A partir do histórico de escuta, a IA é capaz de aprender as preferências musicais do usuário e fazer sugestões cada vez mais precisas e agradáveis.

E não apenas as grandes empresas estão investindo nessas tecnologias, os músicos também estão começando a usar essa tecnologia para aprimorar suas criações. Por exemplo, o músico alemão Benoit Carré tem usado a IA para compor letras para suas músicas. Em uma mistura de Freud e AI, Carré examinou sua personalidade e sentimentos através das letras de suas músicas. Ele então desenvolveu um software que analisa suas letras, procura por palavras, padrões e significados e as utiliza para gerar uma nova letra para ele.

Com tudo isso, podemos concluir que a IA está revolucionando completamente a indústria musical. Desde a produção até as recomendações musicais, a tecnologia tem potencial para mudar o mercado e nossos gostos musicais. Contudo, muito mais que uma substituição para os músicos humanos, a IA é uma forma de auxiliar no processo criativo e de produção musical, o que pode estimular ainda mais a criatividade e diversidade no mundo da música.

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