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Hóquei no Gelo no Brasil: Desafios e Perspectivas

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Hóquei no Gelo no Brasil: Desafios e Perspectivas

O hóquei no gelo é um esporte tradicionalmente associado a países de clima frio, como Rússia, Canadá e Estados Unidos. Entretanto, nos últimos anos, o esporte vem ganhando espaço em países equatoriais, como Brasil e México.

O Brasil, no entanto, tem tido dificuldades para desenvolver o hóquei no gelo. Os desafios são inúmeros, desde a falta de locais adequados para praticar o esporte até a falta de investimento e patrocínio para os atletas.

Os primeiros passos

O hóquei no gelo começou a ser jogado no Brasil na década de 1980, quando um grupo de estrangeiros residentes em São Paulo formou o primeiro time do país. Logo, outras equipes foram surgindo, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1997, foi criada a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), com o objetivo de fomentar a prática do hóquei no gelo, além de outras modalidades como curling e patinação artística.

A CBDG organizou campeonatos nacionais e internacionais e investiu na formação de atletas, mas a falta de estrutura para desenvolver o esporte sempre foi um obstáculo. Não havia rinks com gelo natural no Brasil, então os jogos eram disputados em pistas feitas com plástico, que não garantem as mesmas condições de uma pista de gelo.

Perspectivas

Nos últimos anos, o hóquei no gelo no Brasil tem apresentado sinais de evolução. Em 2017, a CBDG inaugurou o primeiro rink com gelo natural do país, em São Paulo. O local recebeu investimentos de empresas privadas e é hoje um dos principais centros de treinamento do país.

Além disso, a CBDG tem buscado parcerias com federações internacionais para dar mais visibilidade ao esporte no Brasil. Em 2018, a seleção brasileira disputou o mundial da terceira divisão, na Islândia, e conseguiu a melhor colocação da história, terminando em quinto lugar.

Outro ponto que pode ajudar no desenvolvimento do hóquei no gelo no Brasil é a realização dos Jogos Olímpicos de 2026, que serão sediados por Milão e Cortina d’Ampezzo, na Itália. A cidade de São Paulo é uma das candidatas para sediar o torneio de hóquei no gelo, o que poderia impulsionar o esporte no país.

Desafios

Apesar dos sinais de evolução, ainda há muitos desafios a serem superados para que o hóquei no gelo se consolide no Brasil. Um dos principais é a falta de patrocínio e investimento. A maior parte dos atletas brasileiros é amadora e precisa conciliar o esporte com o trabalho ou estudos.

Outro desafio é a falta de locais para a prática do esporte. Além do rink de São Paulo, há outros dois com gelo artificial no país, um em Brasília e outro em Barueri, na Grande São Paulo. O ideal seria que houvesse mais rinks com gelo natural, mas isso demanda investimentos elevados.

Além disso, há a falta de tradição do esporte no país. Ao contrário de outros esportes como futebol e vôlei, o hóquei no gelo não faz parte da cultura brasileira, o que acaba limitando seu apelo para investidores e espectadores.

Conclusão

O hóquei no gelo no Brasil ainda está em fase de desenvolvimento, mas há sinais de evolução e uma perspectiva de crescimento. A inauguração do primeiro rink com gelo natural do país e a participação da seleção brasileira em competições internacionais são exemplos disso.

Porém, ainda há muitos desafios a serem superados para que o esporte ganhe mais visibilidade e se consolide no Brasil. O investimento em infraestrutura e o apoio financeiro para os atletas são fundamentais para o desenvolvimento do esporte, assim como a formação de novos públicos e o estímulo à prática do esporte desde a base.

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