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A evolução tática do futebol em Portugal tem sido uma jornada interessante desde os primórdios da modalidade no país. Com o passar das décadas, o futebol tem se tornado mais tático, estratégico e cada vez mais competitivo. Desde a década de 1930, com o início dos campeonatos nacionais de futebol em Portugal, as táticas e a maneira como se joga futebol evoluiu significativamente.
Na década de 1930, a tática predominante era o 2-3-5, com dois zagueiros, três meio-campistas e cinco atacantes. Esta tática é conhecida como o “pyramid” (pirâmide) e é uma formação ofensiva, caracterizada por colocar muitos jogadores na frente para marcar muitos gols. Naquela época, o futebol era considerado um esporte de entretenimento para as massas, e o objetivo principal era marcar o maior número de gols possível.
Na década de 1940, o 4-2-4 e o 4-3-3 começaram a se tornar populares. Estas duas formações táticos focavam mais na defesa e no equilíbrio do time. A formação 4-2-4 consistia em quatro defensores, dois meio-campistas e quatro atacantes. Já o 4-3-3 tinha quatro defensores, três meio-campistas e três atacantes. Esta formação é conhecida como “WM” devido à posição dos jogadores em campo. O 4-3-3 foi a formação tática que a seleção portuguesa utilizou nas décadas seguintes.
Na década de 1950, a Seleção Portuguesa entrou em um período de grande mudança e evolução. Com Eusébio, José Torres e Mário Coluna liderando a equipe, Portugal começou a usar a formação 4-2-4 em torneios internacionais. Esta formação permitiu que Portugal jogasse um futebol mais ofensivo, dando mais liberdade aos atletas.
Durante os anos 60, Portugal precisava de marcar muitos gols para ganhar partidas, já que a equipe era geralmente fraca na defesa. Esta tática ofensiva rendeu a seleção portuguesa seu primeiro grande sucesso internacional, com a conquista do terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966. A maioria dos times portugueses também passou a utilizar esta formação tática.
Os anos 70 foram marcados pela popularização da marcação por zona, uma técnica mais coletiva e organizada de defesa. Nessa época, a Seleção Portuguesa utilizou frequentemente a formação 4-3-3 e o 4-4-2, com Roger Spry, Ladislau Bölöni e Toni fazendo história com as suas contribuições táticas.
Durante a década de 80, o futebol português sofreu um declínio, mas voltou a brilhar novamente na década seguinte. Em 1998, tivemos uma seleção portuguesa surpreendente na Copa do Mundo na França, utilizando a formação tática 3-5-2. Essa formação permitiu aos portugueses aproveitar as habilidades de seus jogadores. Este foi um período em que a tática defensiva em Portugal começou a ser mais rigoroasa.
A partir do início do século XXI, o futebol em Portugal tem sido dominado por times grandes, como Porto, Benfica e Sporting. Hoje, a Seleção Portuguesa utiliza frequentemente a formação tática 4-4-2, com os laterais que atuam também como defensores, em diferente de um 4-3-3, em que os laterais tem mais liberdade para subirem ao ataque. Essa é uma formação tática muito equilibrada, que permite ao time jogar tanto na defesa quanto no ataque.
Nos últimos anos, a evolução tática de futebol em Portugal tem sido uma questão de movimentos multidimensionais. Portugal vem tentando melhorar a sua técnica individual, dominando o adversário, sempre com uma grande tradição no jogo ofensivo. Assim, podemos dizer que o futebol português continua a evoluir taticamente, mostrando sempre a sua capacidade de adaptar-se às tendências do jogo e às novas táticas das outras seleções.
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