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A diversidade da música eletrônica no Brasil: do funk ao techno

O Brasil é conhecido mundialmente por sua rica cultura musical. E dentro dessa diversidade sonora, a música eletrônica ganhou destaque nas últimas décadas, trazendo uma mescla de influências de gêneros como o funk, o techno, o house e muitos outros.

O funk, um dos gêneros mais populares do país, tem uma relação intrínseca com a música eletrônica. Originado a partir dos bailes black dos anos 70, o funk trouxe elementos da música soul, R&B e disco music para criar um som único e dançante. Nos anos 90, com a popularização dos samplers e das batidas eletrônicas, o funk passou por uma transformação, incorporando ainda mais elementos eletrônicos em sua sonoridade.

Dessa forma, surgiram os chamados “funk melody”, que misturavam as batidas eletrônicas com melodias românticas e letras sensuais. Artistas como MC Marcinho, Claudinho e Buchecha e Furacão 2000 ganharam destaque nacional com seus hits dançantes e viciantes, que se tornaram verdadeiros hinos nas pistas de dança.

Com o passar dos anos, o funk eletrônico evoluiu e se fragmentou em diversos subgêneros, como o funk ostentação, o funk carioca e o funk proibidão. Enquanto o ostentação trouxe letras que retratavam a riqueza e o luxo, o carioca trouxe uma batida mais acelerada e um vocabulário característico do Rio de Janeiro, e o proibidão, como o próprio nome sugere, trazia letras com conteúdo explícito e polêmico.

Ao lado do funk, o techno também encontrou espaço no cenário da música eletrônica brasileira. Surgido nos Estados Unidos no início dos anos 80, o techno chegou ao Brasil e conquistou uma legião de fãs. Com suas batidas aceleradas, sintetizadores e loops hipnotizantes, o techno proporcionou uma experiência sonora única e revolucionária para os amantes da música eletrônica.

Grandes festivais de techno, como o D-Edge Festival, a Warung Tour e o Ultra Brasil, passaram a reunir os principais nomes da cena eletrônica nacional e internacional, levando a música eletrônica a um patamar de destaque no país. O techno brasileiro é conhecido por sua energia única, por seus sets contagiantes e por seus artistas talentosos, como Anderson Noise, Renato Cohen e Victor Ruiz.

Além do funk e do techno, outros subgêneros da música eletrônica também encontraram espaço no Brasil. O house, por exemplo, é um estilo que mescla elementos de disco music, funk e soul, trazendo uma sonoridade mais suave e dançante. Já o trance, com suas batidas psicodélicas e viagens sonoras, conquistou uma legião de fãs fiéis.

A música eletrônica brasileira é caracterizada por sua diversidade e sua capacidade de se adaptar e se reinventar ao longo dos anos. Festivais como a TribalTech, o Universo Paralello e o XXXPerience são apenas alguns exemplos da riqueza e do entusiasmo que a música eletrônica desperta no Brasil.

Além disso, é importante ressaltar o papel dos artistas brasileiros na cena eletrônica internacional. DJs como Alok, Vintage Culture e Cat Dealers ganharam destaque fora do país, levando a música eletrônica brasileira para os quatro cantos do mundo.

Em suma, a diversidade da música eletrônica no Brasil, do funk ao techno, reflete a pluralidade cultural e sonora do país. Com suas batidas irresistíveis e energia contagiante, a música eletrônica conquistou espaço e corações, tornando-se uma parte essencial da cena musical brasileira. E com artistas talentosos e festivais excepcionais, o futuro da música eletrônica no Brasil certamente reserva muitas surpresas e momentos inesquecíveis para os apaixonados por esse estilo musical.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.