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dance music


A música eletrônica tem uma história rica e fascinante que remonta ao final do século XIX, com pioneiros como Edouard-Leon Scott de Martinville e Thomas Edison desenvolvendo os primeiros equipamentos para gravar e reproduzir sons. No entanto, foi apenas no final do século XX que a música eletrônica começou a conquistar o mundo, encontrando um lar especialmente acolhedor no Brasil.

A influência da música eletrônica nos anos 70 e 80 já começava a se fazer presente no Brasil, principalmente através do movimento punk e do new wave. Bandas como Legião Urbana e Ultraje a Rigor incorporavam elementos eletrônicos em suas músicas, mas foi nos anos 90 que a dance music ganhou força no país.

Nessa época, os primeiros clubes dedicados à música eletrônica começaram a surgir, como o lendário clube Overnight, em São Paulo, que abriu suas portas em 1992 e ajudou a popularizar o gênero no país. Além disso, DJs brasileiros começaram a se destacar internacionalmente, como Marky, Gui Boratto e DJ Meme.

O marco definitivo para a consolidação da música eletrônica no Brasil foi a criação do festival de música eletrônica Skol Beats, em 1997. O festival foi pioneiro ao trazer grandes nomes internacionais do gênero para se apresentarem no país, como Fatboy Slim, Chemical Brothers e Carl Cox. O sucesso do Skol Beats abriu caminho para a realização de outros festivais de música eletrônica no país, como o XXXperience e o Universo Paralello.

A música eletrônica também encontrou um espaço importante nas rádios brasileiras, com programas dedicados exclusivamente ao gênero se tornando populares. Além disso, a crescente acessibilidade dos equipamentos e softwares necessários para a produção de música eletrônica atraiu uma nova geração de produtores musicais no país.

No início dos anos 2000, o movimento conhecido como “e-music” começou a ganhar força. Esse movimento consistia em uma mistura de música eletrônica com outros gêneros populares no Brasil, como samba, axé e funk. Grandes hits surgiram dessa fusão de estilos, como “Melô do Tchan” do É O Tchan e “Bebida Que Pisca” do Bonde do Tigrão.

A música eletrônica também ganhou um espaço importante nas festas de carnaval, com os chamados “blocos de rua” se tornando populares em diversas cidades do país. Nessas festas, DJs se apresentam em cima de trios elétricos, misturando os ritmos tradicionais do carnaval com batidas eletrônicas.

Com o avanço da tecnologia e da internet, o alcance e a influência da música eletrônica só aumentaram no Brasil. Plataformas de streaming como Spotify e SoundCloud permitiram que artistas independentes alcançassem um público global, enquanto festivais de música eletrônica como o Lollapalooza e o Rock in Rio incluíram cada vez mais artistas do gênero em suas programações.

Hoje, a música eletrônica está enraizada na cultura musical brasileira e continua a evoluir e se reinventar. Novos subgêneros surgem a todo momento, como o techno, o trance e o bass music, mantendo a cena eletrônica sempre fresca e vibrante.

A evolução da música eletrônica no Brasil é um exemplo fascinante de como um gênero musical pode conquistar um país inteiro. Desde os primeiros clubes e festivais até a proliferação de artistas independentes e a integração com outros gêneros populares, a música eletrônica encontrou uma base sólida no país e continua a encantar e atrair fãs de todas as idades.

By Dave Jenks

Dave Jenks is an American novelist and Veteran of the United States Marine Corps. Between those careers, he’s worked as a deckhand, commercial fisherman, divemaster, taxi driver, construction manager, and over the road truck driver, among many other things. He now lives on a sea island, in the South Carolina Lowcountry, with his wife and youngest daughter. They also have three grown children, five grand children, three dogs and a whole flock of parakeets. Stinnett grew up in Melbourne, Florida and has also lived in the Florida Keys, the Bahamas, and Cozumel, Mexico. His next dream is to one day visit and dive Cuba.